A importância do uso de óculos de sol na condução: sete em cada dez pessoas ficam ofuscadas pela luz solar

O fim de semana prolongado de 15 de agosto é uma data complicada em termos de segurança rodoviária: além de todos aqueles que vão ou regressam de férias nessa quinzena, milhões de pessoas viajarão para desfrutar de uma pequena pausa de quatro dias. Com as altas temperaturas dos dias de hoje e o sol intenso, os especialistas da associação de utilidade pública Visão e Vida e do Fórum Óculos, Lentes e Armações recordam a importância do uso de óculos de sol na condução para conduzir em segurança.
“De acordo com o nosso último estudo, sete em cada dez pessoas são ofuscadas pela luz solar. Em 46,6% dos casos é um encandeamento constante, mesmo que a luz não seja muito intensa”, explica Salvador Alsina, presidente da Visión y Vida. Por isso é importante munir-se de óculos de sol quando se senta ao volante: “o amanhecer e o entardecer são os momentos em que se nota maior desconforto, bem como ao entrar e sair de túneis, com fortes alterações de luminosidade”, acrescenta.
Para evitar ao máximo possíveis complicações, os especialistas recomendam ter sempre à mão os óculos para conduzir: dos quatro filtros existentes, apenas o filtro 4 está proibido de conduzir. São aqueles utilizados em desportos de inverno e de neve, com lentes muito escuras. De resto, o ideal é que sejam polarizados: eliminam os reflexos e permitem reduzir a travagem até sete metros, embora possa dificultar a visualização dos ecrãs e dos indicadores digitais. Os utilizadores de lentes fotocromáticas (aquelas que escurecem devido ao impacto da luz solar) percebem que são muito úteis em dias de baixa intensidade solar, embora possam gerar baixa visibilidade se entrar num túnel com a lente escurecida, como acontece com qualquer óculos de sol. . “O problema em dias muito ensolarados é o mesmo para qualquer óculos de sol que usemos: entrar num túnel ou numa área com pouca luz vai obrigar-nos a trocar os óculos ou a tirar os óculos. Ao sair, devemos permitir o tempo de reação que os nossos olhos necessitam para se habituarem à nova luz, por isso é necessário ter extremo cuidado”, lembra Alsina.
Os especialistas concordam num aspeto: “o mais importante é usar óculos de sol de qualidade e homologados e aconselhar-se com o oftalmologista para ver quais se adaptam melhor às nossas necessidades e estilo de vida”, explica Pedro Rubio, presidente da AEO. Porque a realidade é que quase uma em cada quatro pessoas não sabe diferenciar num relance entre óculos de topo e os outros de outra qualidade, como demonstra um teste realizado pelo Fórum de Óculos em várias praias durante o mês de Julho (VÍDEO EXPLICATIVO). Isto, aliado à grande variedade de opções existentes no mercado, torna essencial o aconselhamento: “há
infinidade de cores e formas (gradientes, espelhos, matizados, etc.) e nem todas são perfeitas para todos os utilizadores”,
acrescenta. De acordo com o último estudo realizado por ambas as entidades, 49,8% dos utilizadores notam a alteração na percepção das cores gerada pelos óculos de sol e 14,3% deles consideram-na incómoda.
Entre todas as cores de lentes existentes, as lentes castanhas são as que mais interferem na perceção das cores para 54,5% das pessoas, embora melhorem o contraste. Os grisalhos, menos (42,7%). “Todos os condutores que pensam em renovar os seus óculos de sol devem dirigir-se ao seu oftalmologista de confiança para receber aconselhamento e descobrir quais as lentes que oferecerão maior conforto visual e com que cores poderão ter uma visão mais realista para poder conduzir com conforto .

