Três em cada dez crianças e jovens avaliados em ações de rastreio apresentam dificuldades visuais no início deste ano letivo
Cerca de 31% dos estudantes avaliados em ações de rastreio revelam alterações visuais que podem comprometer o rendimento escolar e o desenvolvimento pessoal. Esta é uma das principais conclusões dos 536 exames gratuitos realizados pela Shamir Optical Portugal a crianças e jovens entre os 6 e os 25 anos. A ação, promovida pelo segundo ano consecutivo, decorreu entre os dias 9 e 17 de outubro no Colégio Júlio Dinis, no Porto – em colaboração com a Óptica Bela Vista – e na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto.
Entre os grupos mais jovens, dos 6 aos 17 anos, são cerca de 26% os que apresentam dificuldades visuais. Este número sobe para os 27% entre os 6 e os 8 anos, apontando para uma tendência preocupante logo nos primeiros anos de escolaridade. Mas é no início da idade adulta que este cenário se agrava: cerca de 70% dos alunos entre os 18 e os 25 anos evidencia alterações visuais. Ainda assim, mais de metade (54%) não vai a uma consulta ou rastreio visual há mais de dois anos e 5% nunca o fez.
Entre as crianças e jovens adultos (dos 6 aos 25 anos) com dificuldades visuais que já recorrem a óculos ou lentes de contacto (61%), cerca de 16% precisa de atualizar a correção. Dos alunos que não usam óculos ou lentes de contacto, 12% evidencia necessidade de correção imediata e 3% já revela alterações visuais, apesar de não necessitar ainda de correção.
Estes números confirmam a importância do diagnóstico precoce de dificuldades visuais – como miopia, hipermetropia e astigmatismo -, assim como os riscos da desvalorização do acompanhamento regular da saúde ocular. Realizados no início do ano letivo, os rastreios assumem especial relevância: o regresso às aulas, para muitos estudantes, é também sinónimo de menos horas ao ar livre, maior exigência visual em contexto de aprendizagem e mais tempo dedicado a dispositivos eletrónicos – fatores já reconhecidos como potenciadores de alterações visuais.
O Relatório Mundial sobre a Visão, da Organização Mundial de Saúde (OMS), alerta precisamente para um crescimento expressivo destas alterações visuais nas gerações mais jovens. “Como nas populações adultas, o número de crianças e adolescentes com erro refrativo, particularmente miopia, deve aumentar substancialmente nas próximas décadas”, sublinha o relatório, estimando que o número de crianças e adolescentes com miopia sofra um acréscimo de “200 milhões entre os anos de 2000 e 2050”. O mesmo relatório destaca que “é nos rastreios escolares de saúde visual que geralmente se obtém a primeira indicação de uma possível deficiência visual ou doença ocular nas crianças”, sustentando a importância deste tipo de iniciativas.
“O impacto da saúde ocular em diversas áreas é inegável. A OMS destaca precisamente o papel central da visão no desenvolvimento das crianças e jovens, sublinhando como a capacidade visual influencia diretamente o acesso à aprendizagem e o bem-estar social e emocional. Os dados agora apresentados reforçam o apelo à prevenção, ao acompanhamento regular e à valorização do diagnóstico precoce, para que o sucesso escolar e pessoal não fique condicionado por dificuldades que podem e devem ser antecipadas”, realça Fernando Nunes, Responsável de Formação na Shamir Portugal.
A realização destes rastreios inseriu-se no âmbito das ações que a Shamir promoveu ao longo do Mês da Visão (outubro), traduzindo a preocupação e o compromisso da marca com a saúde visual da comunidade escolar, alinhada com as recomendações internacionais. Esta é uma iniciativa que se realiza pelo segundo ano consecutivo e que tem sido alargada à comunidade escolar – incluindo pais, funcionários e professores que manifestem interesse -, ampliando o alcance da ação dentro das próprias instituições. Para além da identificação precoce de casos, esta tem permitido encaminhar alunos para consultas de saúde visual e iniciar a resolução de problemas que, de outra forma, poderiam passar despercebidos, comprovando o impacto concreto destas ações no terreno.
A empresa tem vindo a desenvolver soluções que reforçam este compromisso e visam justamente responder a estes desafios, como comprova o trabalho na área do controlo da miopia. Os resultados do segundo ano do estudo clínico das lentes Shamir Optimee™, apresentados este ano no Porto e em Lisboa, atestam a relevância deste tipo de tecnologia: as lentes demonstraram abrandar, em média, 44% a progressão do comprimento axial comparativamente com lentes monofocais standard. Entre as crianças míopes mais jovens a utilizar estas lentes, 45% registaram uma evolução semelhante à de crianças sem miopia. A inovação valeu à Shamir Optimee™ a eleição como “Produto do Ano”, sublinhando o impacto positivo que a investigação e a tecnologia podem ter no bem-estar e futuro das novas gerações.
Sobre a Shamir Optical:
A Shamir, empresa do grupo EssilorLuxottica, desenvolve lentes oftálmicas inovadoras com tecnologias avançadas que proporcionam uma visão nítida e confortável em todas as situações – no trabalho, na condução, no desporto e em todas as atividades do dia a dia. Em Portugal desde 2001, emprega mais de 300 pessoas e conta com unidades em Vila do Conde, Porto e Lisboa, que produzem, em conjunto, cerca de 10 mil lentes por dia.

